Paixões (in) constantes


Minhas paixões por um triz ou por muito, são inconstantes como eu. Um dia amo desvairadamente e juro amor eterno. No outro, eu abnego e me afasto. Sou um pouco, ou tanto transloucada, às vezes, ou de contínuo, quero intensamente. Não existe óbice. Corro atrás, invisto, tomo posse. Nem sempre a aquisição é feita com racionalidade. Com o tempo, percebe-se, que quase tudo é efêmero. Aquela paixão frívola desvanece e o deserto é causticante. E na solidão, falta intrepidez para procurar um oásis. O que antes era sublime, agora torna-se sórdido. Mas eu te pergunto: Quem vive sem paixões? Por insensatas ou fugazes que sejam; tem alguma serventia. Entretanto existem paixões que transcendem à abstração, que são permanentes; Deus, família, trabalho, estudos, livros, escritas, compras, comida, natureza, animais, participação em eventos culturais, filmes, viagens, poesia, liberdade e café. Tudo isso, exprime a força motriz que me mantêm viva. Pode ser que doravante, haja mudança com a exclusão de uma, ou inclusão de outra.


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