CONSTATAÇÃO E CONCLUSÃO
Eu já sabia!
Que esse surto,
Essa agonia;
Num tempo muito curto,
Ao mundo mostraria,
O despreparo das nações.
O grande caos da saúde
Mostrados amiúde
Na história humana
Na hora insana
Das pandemias.
Tudo buscado às pressas,
Pois, as necessidades impressas,
Não interessam às ganâncias expressas.
As "manhãs" do mundo
Serão distintas em tudo,
Pois, veremos do homem, o absurdo,
Neste tempo que jamais será esquecido.
Embora o ser humano perca a liberdade,
Só por um tempo essa "castidade",
A maior perda será daqueles
Que perderão os seus...
Mas há sempre uma esperança!
O ser humano se reinventa,
Ele desdobra-se, ele tenta;
Viva! Aos sobreviventes
De mais essa tormenta.
Se o maldito passar em minha rua,
Essa haveria de ser a sua rota,
Mas se eu fechar a minha porta,
Ouvirei apenas sua agonia,
Pois, eu protegido em casa, ele não entra,
E em mim, não fará moradia.
Diga não! A esse visitante insistente,
Invisível e arrogante;
Que no vazio das ruas,
Morrerá agonizante.
Ênio Azevedo