O Patriarca e seus filhos
Brasil Accioly foi um homem especial. Amado na cidade, promotor de eventos, criou clubes esportivos, e de recreação. Queria ser médico, o que não colocou em prática, porque precisava trabalhar para cuidar da herança do pai, Pedro Accioly, o que fazia, junto com os irmãos, sendo Brasil e Petrônio, o braço direito um do outro.
Havia os Jogos Abertos do Interior, e muitas das vezes, os encontros poderiam ser em Ribeirão Preto. Já casado com Mariinha, pianista talentosa, e professora de piano, bem mais nova que ele, iam e levavam as filhas, Tereza e Venância. Para ter com quem jogar Xadrez, esporte que adorava, criou o Clube de Xadrez de Ventania, ensinando aqueles que viriam a se tornar grandes jogadores, e campeões, no Jogos Abertos do Interior. Chegavam a jogar em Santos e São Vicente.
Pedro Accioly morreu antes do casamento de Brasil e Mariinha. Eram noivos. Pedro com um câncer na boca pegou um revolver, colocando-o na gaveta do criado mudo, com o conhecimento e consentimento de toda a família. Avisou que viveria enquanto cuidar pudesse de si mesmo.
Petrônio conheceu Celeste, filha de portugueses, jovem de extrema beleza, e quis se casar com ela. O pai, Pedro, lhe disse, Vai, meu filho, se case e viaje, vai passar a lua de mel em Santos e São Vicente, que eram, naquele tempo, as praias mais badaladas. Quando aconteceu o evento, Pedro Accioly de Gouveia Lins, praticando a eutanásia, Petronio tinha voltado da lua de mel, mas Brasil e mariinha tiveram de esperar uns tempos, Não precisa dizer que foi horrível, um sufoco, uma enorme dor, mas a família toda compreendeu e aceitou o gesto de seu patriarca.