“Eus” colidentes
O amor quis ir à rua dar uma mãozinha.
O medo gritou exagerado: é melhor não!
A esperança disse: tome cuidado então!
Levou um sermão do ego: que bobagem,
vá sim, registre e cometa uma postagem!
Interveio a fé: precisa-se de muita oração.
A vaidade adiantou: vá e faça uma selfie!
E o respeito falou: vamos, estou contigo!
A mentira soltou: finja que vá, mas fique!
A solidariedade os seguiu: somos abrigo!
E a inveja: que o mundo se estrumbique!
A verdade: vá de alma leve e todo coração!
A expectativa ficou num canto, quietinha.
Uberlândia MG