Eu não quero mais, eu não posso mais
E dessa vez eu pude entender
E dessa vez eu escolho mais do que simplesmente dizer: eu não quero mais, eu não posso mais
Já cansei de tanto me atirar a uma vaga esperança de ao menos algum dia você me tocar
Eu até pensei ter chegado a tua alma e então ter suavemente atingido seu coração
Mas, engano meu... mais uma vez um engano
Pensei e quis estar pronta para te amar
O fato é que todo o seu embaraço, sua frieza e destreza me fizeram compreender
Que eu não posso mais sofrer
Esse amor calado chegou por inúmeras vezes a doer e Me fazer a cada dia mais calar
Hoje eu sigo: eu não quero mais, eu não posso mais
E não foi por falta de vontade ou de sentimento
É que seu bloqueio me fez enxergar que eu sou uma poeta que não aprendi a de fato amar
E eu vou ficar aqui bem quietinha no meu sentir e talvez gostar
Sem aquela esperança boba do seu viajar no meu espaço em fazer da minha vida algo novo e inusitado
Eu não posso caber em você, porque metade de mim é amor, e a outra metade também
Mas com você não pude atingir o ápice de ser uma poeta intensa e amorosa como sempre quis ser
Não pude porque você não deixou
Você simplesmente quebrou
Tudo aquilo que um dia eu pensei que consertou
Adeus, porque eu não posso mais, eu não quero mais...