Existe algo de bom todos os dias
É Prosa com Poesia, tão atual
Sei que tudo caminha como tem que ser; nada é por acaso no processo evolutivo humano. Na vida, a melhor maneira de aprender é fazendo, “arregaçando as mangas, botando a mão na massa”. Algumas circunstâncias exigem mais da gente, até renunciar algo para que nossos semelhantes, dentro do processo evolutivo de cada um possam: crescer, desenvolver, amadurecer, mesmo que não faça sentido na hora. Mas com o tempo. Ah, o tempo! Sempre determinando os acontecimentos. Com o passar dos dias, meses, anos, tudo dentro e fora de nós vai acomodando. A vida vai direcionando os caminhos, aliviando as emoções, os traumas e dramas. Com relação à “morte”, ir e vir faz parte do processo evolutivo da nossa espécie. Contudo, cada um de nós lida de maneira diferente, com os seus recursos, desenvolvidos, adquiridos, independente de idade. Cada um está onde tem que estar, no seu degrau, no seu nível de aprendizado. Na verdade, somos todos frágeis diante da “morte”. Todos nós temos medo dela. Do ponto de vista, viver a vida, todos somos aprendizes na Terra. Somos interligados. Somos interdependentes, mesmo sem o nosso querer. Diante disso, não saber para onde retornamos é assustador. Por essa razão, provavelmente, muitos se apavorem diante do mistério, do oculto, do inalcançável. Todos nós tememos ir para outra dimensão. Por não saber para onde vamos, perguntamos como será lá? Como na vinda para cá, ocorre o mesmo. Temos receio do mundo novo, do inesperado, daquilo que não temos domínio. Quando saímos do confortável ventre materno, do canto quentinho protetor de nossa mãe, o que será de nós depois? Como será nossa vida? Com quem vamos aprender a conviver? Alguns seres humanos têm esse despertar de consciência e cedo compreendem que tudo no Universo é bem feito, é perfeito. Que é maravilhoso vir ver a vida. Somos abençoados por estar transitoriamente aqui.
Trecho de O teto branco - à memória do que passou
Autopublicação 2018, de minha autoria