L E M B R A N Ç A S
Tenho o hábito de pelo menos uma vez por mês pegar o velho álbum de fotografias e ficar horas e horas olhando as fotos e relembrando da época em que íamos passear de mãos dadas lá na pracinha e depois sentávamos no banco e púnhamos a ouvir a banda que devidamente uniformizada tocava todos os domingos sobre o coreto.
A praça sempre estava completamente cheia.
Ah, geralmente o público era o mesmo. Ou seja, casais de namorados que lá marcavam encontros e ficavam circulando pra lá e pra cá.
Quanta saudade, pois nós éramos tão felizes.
Lembro-me que de no momento em que ninguém estava nos olhando então, eu percebia que aquele era o instante em que eu disfarçava e roubava-lhe um beijo adocicado: Tão doce quanto o mel, e, o sabor ficava em meus lábios por vários dias.
Eu me punha a esperar pelo nosso próximo passeio...