Atamento
Está salgado o meu campo
Meus pássaros em silencioso revoo
Constrange-me o vermelho celestial
— Estranho, eis teu punhal,
Recolha-o, não há tempo!
O vestido abro, os laços solto
Nos furos da terra, feitos de tear,
Dedica-me um bilhete em suave eidética
— Estranho, não corta a corda mágica,
Qual ao meu corpo faz flutuar
Vêm a mim coloridas flores
A mais leve, com claras coroas,
Cobre-me a casa, os móveis, minha taça
— Estranho, dá à paz minha murmúria fraca,
A imagem que esboroas com teus pudores!
Parta, amigo! Esqueça-te daquilo que foi nosso
Ou irás te ter abaetado do que não queres,
Solos sobrepostos, maus perfumes, meus ossos