minha língua lembrará do gosto de seus lábios
"Você quer me beijar?"
Eu a encarei, sorrindo, ao mesmo tempo que mordia meu lábio inferior discretamente. Sua boca era linda. O batom vermelho só tornava a vontade de beijá-la ainda mais convidativa. Inclinei-me a ela, mas fiz um carinho em uma de suas bochechas com as costas de minha mão. Ela me parecia tão vulnerável, e eu sabia que se fosse fazer isso, eu teria que ir até o fim. Seu corpo me dizia isso. A cada vez que eu a flagrava me encarando, entre uma página ou outra de livros que pegara para folhear, entre um gole ou outro de café quando eu desviava meu olhar para qualquer outra coisa.
"Porque se eu te beijar, se vamos mesmo fazer isso, é melhor você saber de uma coisa."
"O que?" eu perguntei.
"Você pode acabar se apaixonando por mim."
"Uau," eu respondi. "E você? Não irá?"
Ela abaixou a cabeça. Seus cabelos curtos cobriram seu rosto, para esconder um sorriso tão esclarecedor quanto suas intenções. "Pode ser que —"
E nisso eu a beijei.
Interrompi sua fala, mas pude senti-la se entregando aos poucos a cada vez que nossas línguas se tocavam, quando repousei uma de minhas mãos em seu pescoço, quando ela apertou meu cabelo atrás de minha cabeça, e quando eu a aproximei ainda mais de mim, com ambas as minhas mãos segurando sua cintura. Seu corpo estava leve, como as asas de um anjo devem ser.
"Você quer me beijar?"
Eu a encarei, sorrindo, ao mesmo tempo que mordia meu lábio inferior discretamente. Sua boca era linda. O batom vermelho só tornava a vontade de beijá-la ainda mais convidativa. Inclinei-me a ela, mas fiz um carinho em uma de suas bochechas com as costas de minha mão. Ela me parecia tão vulnerável, e eu sabia que se fosse fazer isso, eu teria que ir até o fim. Seu corpo me dizia isso. A cada vez que eu a flagrava me encarando, entre uma página ou outra de livros que pegara para folhear, entre um gole ou outro de café quando eu desviava meu olhar para qualquer outra coisa.
"Porque se eu te beijar, se vamos mesmo fazer isso, é melhor você saber de uma coisa."
"O que?" eu perguntei.
"Você pode acabar se apaixonando por mim."
"Uau," eu respondi. "E você? Não irá?"
Ela abaixou a cabeça. Seus cabelos curtos cobriram seu rosto, para esconder um sorriso tão esclarecedor quanto suas intenções. "Pode ser que —"
E nisso eu a beijei.
Interrompi sua fala, mas pude senti-la se entregando aos poucos a cada vez que nossas línguas se tocavam, quando repousei uma de minhas mãos em seu pescoço, quando ela apertou meu cabelo atrás de minha cabeça, e quando eu a aproximei ainda mais de mim, com ambas as minhas mãos segurando sua cintura. Seu corpo estava leve, como as asas de um anjo devem ser.