Cântico ao Fenecer
Recolhem-se as árvores sem se despedir
As casas fecham seus menores quintais
Voam jornais sobre estas esquinas
Salvando do frio aquelas pernas finas
Cortinas indígnas cobrem senhores alcoólatras
Estou guardando minhas asas para o inverno
Em laços de algodão, escondi meu canto
Abro-te então, porta do meu cativeiro,
Para que não sinta saudades de casa o Sol
Leva teu casaco, não sinto frio
Minha boca não abre, não há voz
Não sei o que te digo mais
Há de recolher essas pegadas a chuva
Cuida bem dela, assim fico bem
Mas anda e vá logo embora