Precisamos Deles!!!!

Não! meu ser não queria testemunhar o desespero, a notícia dos jovens que se lançaram do alto a baixo, mudos! Dando cabo à própria vida!

Não!! Me submeteria ao arrastar das pernas, vendo a vida sob duas rodas, levando a vida na arte de Ser, como surfista, driblando a angústia e a indignação.

Mas, assistir as quedas das frutas intempestivas abruptamente? É desolador. Botões de rosa ainda pequenas, por desabrocharem, sendo levados por elas mesmas, ainda ausente a necessidade da tomada da Consciência intrínseca amorosa Divina.

Nem chegaram, foram-se! negando o mundo a quem vieram, negando a vida, negando a sorte de ser gente. Indo!

Não! Onde há o erro? Qual botão deve ser desligado! Para cessar a depressão, o suicídio, a incredulidade, o ceticismo e a indignação, a fala afiada da crítica sobre o mundo, as evidências do insucesso humano para a felicidade. Onde está o botão? Apertem quem puder o “off” desta geringonça medonha! Que esta apagando o brilho da juventude, da criança para a brincadeira, da família saudável para ela ser!

Antes que o jovem suicida se jogasse das alturas, quisera que tivessem se encontrado nos lares que os acolheram quando nasceram, não tão somente o estímulo da tecnologia, o excessivo da TV, da internet e do celular.

Pena não terem encontrado significação no grupo social que participaram, olhado com seus próprios olhos a vida, ao certo não conseguiram, o monstro da realidade opressora do mundo chegou valente. A religião não os atingira, nem a educação, o ideal, a ideologia.

Quisera que tivessem tomado banho de cachoeira, comido fruto direto da árvore, ouvido o passarinho cantar, a terra molhada sob seus pés depois da chuva, tomado leite quente direto da teta da vaca, pulado corda, andado na chuva, chupado pirulito e cana de açúcar, jogado betes, sorvete de massa e de groselha, jogado bugalho, amarelinho, queimada, dominó, dama, baralho , colecionado figurinhas e papéis de cartas, dormido sujos porque brincaram até tarde, rolados na terra, aprendido crochê e tricô, subido em árvore, dormido no colo do pai e da mãe, passeado na cidade com eles, ido à igreja, ao parque, ao supermercado com a família, sorrido com seus próprios sorrisos, sido ouvidos em suas histórias, sonhos e expectativas, levado o sermão onde tenham errado, se sentido filhos.

Mas não foi assim...se jogaram. A comunidade que os acolheram não os convenceram, sobretudo a vida.

O quê repensar?

Precisamos deles, crianças e jovens, precisamos deles!!!!

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 05/03/2020
Reeditado em 05/03/2020
Código do texto: T6881112
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