AUTOPSICANÁLISE DE UM POETA I

Nosso viver infantil é lava e vulcão. A era do gelo é a idade adulta. O que quer que hoje me torne altivo, o que quer que seja essa angústia de fundo irreprimível e estilhaçadora nos meus piores dias, eu gostaria de saber do quê deveio, ou do que devieram, embora para a “primeira parte” eu esteja muito mais perto de obter uma resposta. É o abandono? Mas o gênio já não foi sempre de certa forma um abandonado? Um auto-abandonado? A falta de um público fiel e motivador no lugar da mãe onipotente?