ESQUEÇO QUE DEVO ESQUECER
É noite, vinte e três horas
Nada se ouve lá fora
É noite tudo se silencia
Bem sei que não deveria,
Levar meus pensamentos a você
Sei que algo me vai acontecer
Vou agregar-me a certa melancolia
Este momento se tornará poesia
Penso em você tudo é transformação
Sinto o pulsar de meu coração
Vem-me um sorriso no rosto, olhos fechados
Pensamentos variados seguem alados
Procurando você, tento evitar, mas, como fazer?
Onde estaria e o que faria neste momento você
Vinte três e trinta o sono não vem
Em silêncio converso comigo, estará tudo bem?
O que acontece porque é que cresce este sentimento
Não pode ser não há como ser, não tem cabimento
Eu tento evitar em ti pensar e tento tira-te aqui de dentro
Chego a me cobrar, onde é que está meu discernimento
Eu tento evitar, palavra não dá para não estar em meu pensamento
Procuro me entreter outras coisas fazer para ver se te esqueceria
E assim tentando esquecer vou pensando você na noite vazia nova poesia
E num dado momento veio em meu pensamento não mais te olhar com os olhos meus
Se a saudades apertar o céu vou olhar e nele enxergar os olhos teus
Não mais te olhar, não mais te ver, mas jamais te esquecer.
(arnor milton)