Em meio a devaneios

Chuva ponteia canções nas goteiras; E leva embarcações de sonhos, a descerem enxurradas que acariciam calçadas.

De mim, lava as mãos espalmadas em lágrimas incontidas.

A noite murmura segredos nos escuros dos medos e joga metáforas na cara das poesias. Alucinações e uns dizeres estranhos: Eu te amo, assim em meio a devaneios.

E das prosas tantas, que faço as inspirações se valerem, rabisco um reboco com tintas de asas imaginárias.

Embriaguez é mesmo alucinação deturpando a realidade.

Ergo a taça trincada das saudades e levo à boca da noite para que trague um gole da minha solidão.

A varanda ostenta visões da mesma rua e meus olhos às vezes confundem, porque ainda te veem nela.

Rasgo poesias para que se juntem em confetes no mesmo saco de sonhos e realidade.

Recito-te em tantos versos que me perco na mais perfeita grafia de magia e beleza. Sou teu poema, sem essas métricas que exigem regras, porque sou mil palavras em cada uma que te digo.

Takinho
Enviado por Takinho em 28/02/2020
Reeditado em 21/08/2020
Código do texto: T6876729
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