Em meio a devaneios
Chuva ponteia canções nas goteiras; E leva embarcações de sonhos, a descerem enxurradas que acariciam calçadas.
De mim, lava as mãos espalmadas em lágrimas incontidas.
A noite murmura segredos nos escuros dos medos e joga metáforas na cara das poesias. Alucinações e uns dizeres estranhos: Eu te amo, assim em meio a devaneios.
E das prosas tantas, que faço as inspirações se valerem, rabisco um reboco com tintas de asas imaginárias.
Embriaguez é mesmo alucinação deturpando a realidade.
Ergo a taça trincada das saudades e levo à boca da noite para que trague um gole da minha solidão.
A varanda ostenta visões da mesma rua e meus olhos às vezes confundem, porque ainda te veem nela.
Rasgo poesias para que se juntem em confetes no mesmo saco de sonhos e realidade.
Recito-te em tantos versos que me perco na mais perfeita grafia de magia e beleza. Sou teu poema, sem essas métricas que exigem regras, porque sou mil palavras em cada uma que te digo.