Sertão da alma
Um dia, no espetáculo das cores...
repleta de inspiração,
uma tarde se foi
e deixou de presente
uma certa noite,
que me trouxe um amor.
Um amor que foi tão lindo
quanto os rastros do sol,
para meu encanto...
entrando assim num sertão da alma
de tantos íngremes caminhos,
que sonhou e desejou,
quase alcançou
uma chuva de risos e de palavras,
aos poucos cada espinho
foi um a um retirando a dor do meu coração,
com o tempo, se tornou suave feito canção.
Agora sem espinhos e sem dor
mas, com saudades, ela caminha,
e cada vez que contempla um crepúsculo
enche-se de recordações
das noites e dos dias de um amor perdido,
que gritou,
realizou e depois tudo emudeceu,
quando foi esquecido.