Viajando no pensamento....
A tarde definha no horizonte ameaçando despedir-se para ceder lugar à noite que, já engalanada, aguarda ansiosa na sua coxia.
Uma brisa tênue,macia qual a carícia do cetim sobre a nossa pele, sutil como o pisar das virgens na antecâmara do seu senhor, doce como o fruto primeiro das amoreiras e fresca como as têmporas das ninfas que vagueiam sobre a relva nas noites de lua cheia, perpassa-me com doçura despertando os meus sentidos mais profundos fazendo-me perceber a verdadeira beleza da vida.
Sinto-me como a ave emplumada que anseia por desferir o seu vôo mais alto e mais difícil.
Presa ainda às minhas limitações materiais sonho com a liberdade que este vôo irá me proporcionar.
Qual uma gota de éter que se desvanece, evaporando-se sutilmente ao ser lançada ao solo, sinto-me desvanecer diante dos mistérios que me acenam.
Mistérios que nada mais são que verdades encobertas por véus ansiosos para serem rasgados...Inquieto-me então!
A beleza com que a vida se revela , no silêncio que me abraça com ternura, envolvendo-me em espirais de luz onde as diáfanas formas de seres são presenciadas, apascenta a minha inquietação.O mundo que me rodeia deixa de existir e mergulho nas belezas que me são reveladas passo a passo...
Aquieto-me aqui!
Chuva fina e sorrateira passeia descalça pelas ruas da cidade e, ousadamente adentra o recinto onde me encontro depositando um fresco ósculo na minha face; arrepios de prazer percorrem meu corpo fazendo-me voltar a face e encará-la.
Ela sorri para mim. Um sorriso matreiro, molhado e cheio de gotículas dispersas quais cristais soprados pelos vendavais.
Estendo a mão, tomo-a para mim. Tem o perfume da carícia divina e brilha como o relicário da coroa do Rei.
Aspiro o seu perfume, provo do seu sabor e deleito-me como as crianças se deleitam quando recebem um doce dos seus pais.
Aos poucos o dia vai tomando uma outra tonalidade...
É sempre assim quando chove. Um certo ar de mistério de tristeza e de ternura.
Como se os matizes mais escuros tivessem pressa em tomar os seus lugares na tela pintada pela Natureza e, sem que percebamos, vão empurrando os matizes mais claros para os seus aposentos.
Enquanto isto, no meu interior espoucam as luzes que festejam a doce e suave alegria por estar participando deste espetáculo que é a vida.
Escuto os pardais entoando o seu magistral canto, uma bela sinfonia! Rendo-me a este encanto e retorno ao mundo real.
Desejo a todos uma noite linda,repleta de luz.PAZ!
A tarde definha no horizonte ameaçando despedir-se para ceder lugar à noite que, já engalanada, aguarda ansiosa na sua coxia.
Uma brisa tênue,macia qual a carícia do cetim sobre a nossa pele, sutil como o pisar das virgens na antecâmara do seu senhor, doce como o fruto primeiro das amoreiras e fresca como as têmporas das ninfas que vagueiam sobre a relva nas noites de lua cheia, perpassa-me com doçura despertando os meus sentidos mais profundos fazendo-me perceber a verdadeira beleza da vida.
Sinto-me como a ave emplumada que anseia por desferir o seu vôo mais alto e mais difícil.
Presa ainda às minhas limitações materiais sonho com a liberdade que este vôo irá me proporcionar.
Qual uma gota de éter que se desvanece, evaporando-se sutilmente ao ser lançada ao solo, sinto-me desvanecer diante dos mistérios que me acenam.
Mistérios que nada mais são que verdades encobertas por véus ansiosos para serem rasgados...Inquieto-me então!
A beleza com que a vida se revela , no silêncio que me abraça com ternura, envolvendo-me em espirais de luz onde as diáfanas formas de seres são presenciadas, apascenta a minha inquietação.O mundo que me rodeia deixa de existir e mergulho nas belezas que me são reveladas passo a passo...
Aquieto-me aqui!
Chuva fina e sorrateira passeia descalça pelas ruas da cidade e, ousadamente adentra o recinto onde me encontro depositando um fresco ósculo na minha face; arrepios de prazer percorrem meu corpo fazendo-me voltar a face e encará-la.
Ela sorri para mim. Um sorriso matreiro, molhado e cheio de gotículas dispersas quais cristais soprados pelos vendavais.
Estendo a mão, tomo-a para mim. Tem o perfume da carícia divina e brilha como o relicário da coroa do Rei.
Aspiro o seu perfume, provo do seu sabor e deleito-me como as crianças se deleitam quando recebem um doce dos seus pais.
Aos poucos o dia vai tomando uma outra tonalidade...
É sempre assim quando chove. Um certo ar de mistério de tristeza e de ternura.
Como se os matizes mais escuros tivessem pressa em tomar os seus lugares na tela pintada pela Natureza e, sem que percebamos, vão empurrando os matizes mais claros para os seus aposentos.
Enquanto isto, no meu interior espoucam as luzes que festejam a doce e suave alegria por estar participando deste espetáculo que é a vida.
Escuto os pardais entoando o seu magistral canto, uma bela sinfonia! Rendo-me a este encanto e retorno ao mundo real.
Desejo a todos uma noite linda,repleta de luz.PAZ!