Devagar

No sábado do dia nublado, gritos ressoam ao longe. A cidade caminha lenta como uma formiga sem folha, como uma cigarra rouca, cupim não quer roer madeira.

O céu caminha preguiçoso, em lentas nuvens carregadas.

Dias assim fazem surgir lembranças densas, mais antigas que a idade da terra. E é por isso é preciso caminhar devagar, para não tropeçar em nenhuma memória.

Dias assim são bonitos em sua tristeza que remanseia suave no horizonte. Dias assim nos levam para alguma paisagem de um quadro. Um pintura distante de um pôr do sol pungente a se espraiar na mansidão do mar esverdeado.

OMonalisaO
Enviado por OMonalisaO em 18/02/2020
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