SER OU NÃO SER
Há dias em que ‘superpoderes’ nos movem.
E há dias insossos onde a boca seca
E a brisa fresca nos remove.
Leve, fraco e desapoderado;
Pensamento distante, coração desacelerado.
Turbulência nos ‘voos’ interiores
Hora propícia para rever os valores
Pelos quais ‘voamos’.
Mas há os dias claros
Onde os treinados ‘disparos’
Jamais erram o alvo
E nosso eu, caminha sã e salvo.
Inconstância natural!
Pois achar-se sempre normal,
É irreal.
Não podemos ser o que querem...
Somos o que somos.
‘Voamos’ e ‘aterrissamos’;
Caímos e levantamos,
Sorrimos e choramos
Por que não podemos ser o que querem...
Mas somos o que somos.
Ênio Azevedo