Tenho medo

Tenho medo

De não sonhar mais

De trilhar o caminho

Meus pés pisarem espinhos

Que pesadelos insistem em plantar

De minha boca secar

E a água mãos avarentas negar

Que o pão não seja partilhado

O choro do faminto

No vazio se perca

Que o frio das almas

Congelem

Mãos que imploram ajuda

Diante de um olhar deserto

Que não está

Onde vejo esse medonho sonho?

Cenário?

Numa fresta, num relance

Revelado

Imploro, Te peço, que não veja

Isto realizado, não que mereça

Ser poupado!

Que Teu sonho para nós

Sonhado, seja força, seja certeza

Que por nós o futuro seja

Restaurado!