Ansiedade
O coração dispara, me dói o peito, a alma, tira a minha calma, fecha o meu sorriso, e do meu corpo trêmulo, as lágrimas afloram, numa hemorragia transparente.
E se apossa de mim um medo atroz, do futuro, do escuro, do mundo, de sei lá o quê.
E o desespero me descontrola, e descompenso, me abalo, não raciocino, me atropelo, em imagens, em pensamentos, em sofrimento e dor, horror.
Então, como a fé, inevitável, brota de mim a força inexplicável, necessária companheira escondida, que agora, passado o pior, me consola e me alenta.
E vai passando o furacão, e a calmaria de mim se apossa e eu na minha frágil certeza, vou vencendo, devagar, minhas batalhas!
Leir Rodrigues.