Cotidiano
Às vezes as estações são cheias
E o trem anda lento em seu caminhar,
Às vezes ele serpenteia, mas é certo...
É sempre certo que fique a esperar...
Nunca sei se vai passar ou se já passou,
Quase que imediatamente minha mente seqüestra-me,
E lá eu revivo o passado, sinto o presente e conjuro o futuro...
Eu me perco... Em minha alma...
Só sinto o vento fresco paquerando meus cabelos,
Acolhendo minha sensação de paz...
Logo o trem chega...
Eu timidamente entro...
Sou embalado pelo gostoso vai e vem...
E vou... Venho... E vou... Sonho... Venho... Vou...
Estou num dia tranqüilo... Venho... Vou... Onde o trabalho seja vindouro...
Vou e venho... Onde não há doenças... Venho... Sonho e vou...
Salto...
E o trem se vai...
Vejo meu trabalho... É...
É nele que reside o cansaço...
Mas é chegada a hora...
Fim do expediente...
O trem... Vou até ele...
O mesmo que me embalou desde do inicio...
E voltando embalado...
Chego até em casa... Pelo vai e vem...
No vai e vem...
Sonho...
No vem e vai...
Vai...