Cotidiano

Às vezes as estações são cheias

E o trem anda lento em seu caminhar,

Às vezes ele serpenteia, mas é certo...

É sempre certo que fique a esperar...

Nunca sei se vai passar ou se já passou,

Quase que imediatamente minha mente seqüestra-me,

E lá eu revivo o passado, sinto o presente e conjuro o futuro...

Eu me perco... Em minha alma...

Só sinto o vento fresco paquerando meus cabelos,

Acolhendo minha sensação de paz...

Logo o trem chega...

Eu timidamente entro...

Sou embalado pelo gostoso vai e vem...

E vou... Venho... E vou... Sonho... Venho... Vou...

Estou num dia tranqüilo... Venho... Vou... Onde o trabalho seja vindouro...

Vou e venho... Onde não há doenças... Venho... Sonho e vou...

Salto...

E o trem se vai...

Vejo meu trabalho... É...

É nele que reside o cansaço...

Mas é chegada a hora...

Fim do expediente...

O trem... Vou até ele...

O mesmo que me embalou desde do inicio...

E voltando embalado...

Chego até em casa... Pelo vai e vem...

No vai e vem...

Sonho...

No vem e vai...

Vai...

Rascunho de Poeta
Enviado por Rascunho de Poeta em 08/10/2007
Reeditado em 08/10/2007
Código do texto: T686271
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