Quero o caos
Quero o caos
Vivo o caos, aprecio a discórdia,
Sou demasiado amante da tragédia.
A vida não faz sentido, só na morte se atinge
O ápice, a conclusão de uma obra feita.
Só somos alguém na morte, admirado respeitado,
Pois ninguém se arrisca em blasfemar contra
O espírito de um poeta morto.
Quisera existisse mesmo alguma coisa além do túmulo.
Para vermos de lá, as pessoas falsas acariciando-nos a face,
Com um disfarce invisível aos vivos,
Que é a hipocrisia dos mortais.