Tereza, a personagem (2)
Tereza, a personagem (2)
Tereza tira o fim de semana para ficar por conta da jornada, cujo tema, o meio ambiente. Os recebe um espaço grande generoso e amplo, com jeito de casa, abrigando por volta de umas cinquenta pessoas, Em um dado momento, Tereza o vê chegar, descendo a escada: um homem enorme alto compacto, com aquele olhar amoroso, que só ele sabe ter. Ela sente um tesão imediato, e fica muito impressionada, pois assim como se sentiu, nunca antes lhe ocorrera, uma vontade estar com com um homem, numa cama. E ela pode jurar para si mesma, nunca viveu antes algo assim! Sentir tesão por um desconhecido, no instante em que seus olhos pousam nele. No decorrer do seminário, nos subgrupos que se forma, Tereza procura se juntar a outras mulheres, se perguntando: Por que será que entre mulheres, a gente se sente mais a vontade, mais confortável? Pois bem, o tesão passar não passa, mas ela se comporta como gente, classe, meu Deus, muita classe, por favor. E nem olhares nem cartões de visita se anima a trocar. E parece, o tesão não foi recíproco, ele ficou na dele. Sentindo tesão, pensa Tereza, ali no meio de tanta gente, sem ninguém perceber, pois as pessoas não podem adivinhar o que você sente, se você não conta. Tereza se sente mulher, se sente viva, uau! Enfim, sentir-se viva é uma maravilha, enfim... fazer o que? Tereza, viva na vida. E o que a Vida, maga misteriosa lhe reserva? Só a Vida mesma vai lhe dizer. Ou não. E nossa amiga espera sim, que a Vida sempre lhe diga alguma coisa. Por favor, Vida, cadê você?