Dias infinitos
Há momentos em que a dúvida
Mãe primeira da certeza
Me deixa em dívida
Com a clareza
Eu ando só
Na estrada dos sonhos?
Ou vivo como o primitivo pó
Dos nossos momentos enfadonhos?
Se o oco do vazio me deixa desgostoso
Quem preenche a sinapse primeira?
Do meu cérebro tímido e doloroso
Minha aversão verdadeira
São perguntas ávidas e indecorosas
De quem ainda não entende
As respostas valiosas
Ou surpreendentes.