Cuidado!

Cuidado! Ser receptor do ato de cuidar. Ser cauteloso, se resguardar. Ser agente ativo na ação de cuidar do outro. "A gente" separados também devemos cuidar na reciprocidade. O ato do cuidado para consigo mesmo, perpassa o autoconhecimento. Cuidado é dizer "Sim" para o que pode fazer feliz. Entretanto, o "Não" também é "cuidar de si", podendo até ser mais importante e isso é empoderar-se, logo é uma faceta do Cuidar.

Cuidar! Afago, apreço, conforto, colo, conselho. Discussão, puxão de orelha, olhar atravessado, balançar a cabeça. Abraço, beijo e um cafuné. Uma mensagem, um e-mail ou sms. Permanecer, esperar, ou ir embora. Cuidado é ser, aparecer, fazer acontecer. É calmaria ou turbulência também.

O "Outro" precisa, mas eu também. Mais eu e mais o "Outro", cada um no seu tempo, na sua necessidade. Cuidado é espaço. É sonoridade, pois pode ser barulho, e silêncio também. Mas cuidado! Mais cuidado pode sufocar, pode prender e ser opressor. Nesse caso é preciso mais cuidado ainda, pois é necessário questionar. O cuidado oprime? Sim! Tem muitos atos de cuidar que são violentos e naturalizados, com fantasia de Chapeuzinho Vermelho ou Vovozinha, quando na verdade podem ser Lobo Mal. Cuidado é ter cuidado, é vigilância, é reflexão. É reflexo também. É passado, presente e futuro. É expectativa e frio na barriga. Cuidar é. Cuidado. Cuida. Cuidado!