Selva de pedra
A cidade fria não consegue mais dormir;
Perdeu o calor e o clamor da esperança;
Acostumou-se enganar sua própria dor,
Pela analgesia da frieza, que gelificou corações!
Nem que queira, não vai mais repousar;
Fora engolida de corpo inteiro pelas colunas de gelo
E acho que desacostumou-se sentir calor!
E a alma, a alma fala sem som e sem ouvidos;
Sua pele alva e transparente despigmentou-se
Tanto, que anda como um zumbi pela cidade fria;
Irreconhecível, transparente e sem luz;
Apesar de deambular sob os luzeiros dos faróis;
Chamado e disperso pelo som das buzinas;
Sob a presença do sol, quase ás escuras,
Pois as lápides de gelo erguidas, são imponentes
E a muito são maioria...
Cresceram tanto que suplantaram o astro rei
Ele, que quer voltar a aquece-la, e a brilhar...