Selva de pedra

A cidade fria não consegue mais dormir;

Perdeu o calor e o clamor da esperança;

Acostumou-se enganar sua própria dor,

Pela analgesia da frieza, que gelificou corações!

Nem que queira, não vai mais repousar;

Fora engolida de corpo inteiro pelas colunas de gelo

E acho que desacostumou-se sentir calor!

E a alma, a alma fala sem som e sem ouvidos;

Sua pele alva e transparente despigmentou-se

Tanto, que anda como um zumbi pela cidade fria;

Irreconhecível, transparente e sem luz;

Apesar de deambular sob os luzeiros dos faróis;

Chamado e disperso pelo som das buzinas;

Sob a presença do sol, quase ás escuras,

Pois as lápides de gelo erguidas, são imponentes

E a muito são maioria...

Cresceram tanto que suplantaram o astro rei

Ele, que quer voltar a aquece-la, e a brilhar...

SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 04/02/2020
Código do texto: T6858385
Classificação de conteúdo: seguro