O lápis, fundamental para a escrita, sofre calado.
   Ele vai morrendo aos poucos, e não diz nada. 
   Sabe muito bem que sente muitas dores porque enquanto definha alguém surge, cria vida, desenha, além de letras, palavras e sinais: o grafite.
   Sim, o grafite atinge seu objetivo com maior sofrimento daquela madeirinha que está em nossas mãos, sendo cortada por um apontador, uma lâmina ou mesmo uma faca.
   Mas o grafite precisa ser apontado, lapidado, para embelezar os textos, os escritos. E também sofre por causa disso.
   A madeira e o grafite nascem, sofrem, e morrem juntos, sem queixa alguma, depois de dar tanta vida às nossas palavras.  
   Madeira e grafite, o lápis nosso de cada dia.
   Amém!
Chico Legal
Enviado por Chico Legal em 02/02/2020
Reeditado em 02/02/2020
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