VAGABUNDO

Francisco de Paula Melo Aguiar

Do nascer ao terminar

O dia e iniciar a noite

De máscara sem carnaval

Vive o vagabundo...

Palhaço de qualquer circo

Entre o dormir...

E o acordar...

Para labutar...

E para vadiar...

Do começar...

E do terminar...

De porta em porta

Entre o fazer chorar...

E o fazer sorrir...

A vida tem limite

A morte é o fim

De tudo que foi criado

E não criado também

Quem para o céu

Ou para o inferno foi...

Ainda não voltou

Para dizer como lá é...

E a pobre humanidade....

Vive de credo em credo a esperar...

A volta do vagabundo...

Onde o dia será noite

E a noite será dia

Tudo mera questão de fé.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 01/02/2020
Código do texto: T6855957
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