VAGABUNDO
Francisco de Paula Melo Aguiar
Do nascer ao terminar
O dia e iniciar a noite
De máscara sem carnaval
Vive o vagabundo...
Palhaço de qualquer circo
Entre o dormir...
E o acordar...
Para labutar...
E para vadiar...
Do começar...
E do terminar...
De porta em porta
Entre o fazer chorar...
E o fazer sorrir...
A vida tem limite
A morte é o fim
De tudo que foi criado
E não criado também
Quem para o céu
Ou para o inferno foi...
Ainda não voltou
Para dizer como lá é...
E a pobre humanidade....
Vive de credo em credo a esperar...
A volta do vagabundo...
Onde o dia será noite
E a noite será dia
Tudo mera questão de fé.