Texto 100
Você não pode furtar cenas de histórias alheias, por isso estou amarrada nas cordas que me amarram a você. Eu quero te querer, mas eu me lanço em seus braços e caio. E de repente desmaio. Eu te espero e grito seu nome em silêncio. Você não é mais quem eu costumava ser ou quem eu queria que fosse. Você não é eu, é apenas uma versão de mim que ter quer. Certa vez ouvi em um vídeo, “Enquanto um árabe sobe uma montanha, dois chineses descem a muralha”. A muralha sou eu, quem são os chineses? Você? Eu? ou Nós? O que te afasta de mim, a não ser eu mesmo? Mas, eu sou o árabe e também a muralha, posso ser muitos, menos você, e nessa desordem me encontro. E no fim busquei em você algo que deveria existir em mim. Perdi algo? Tempo? Coragem? Meu cérebro? Não. Perdi você, aliás, deixei você, para achar a mim, você não era você, você era eu, tentando criar você para mim. Todavia, não preciso mais de você,nem de mim.