Passou muito tempo
Quando escrevia poemas
Laços de fitas coloridas
Repetiam... Eram rimas com verbos Desconcentração
Como aquele siri
Andando na areia de lado 
resolveu brincar.
A imaginação deu seu toque
Virou escrita
Virou poema... O tempo passou
as rimas
Movimentaram
De lado de frente
De costas,
A essência da minha alma
O movimento
Gera surpresas na vida
Desconhecidos,
Atraem, meu fascínio 
Ora não são bons
Ora são mágicos.
Uma infinidade informáticos.

Da roupa do artista
Ora papel maltrapilhos
Ora condensa de Genebra
Ora uma poetisa.
O universo incorporou
Na escrita,
poesia.

Ontem vi um pássaro
No parque de Curitiba
Seu olhar parecia dizer
Eu o admirava
Ou ele se comunicava
Parece loucura
Olhei  o chamei
Nem sabia como chamar
De piu piu
Até miei para trazê lo a mim
E ele veio... A pessoa que estava comigo Falou o nome do passaro
Não gravei
Estava  concentrada naquela vida.

Retomo o assunto, 
O verso incorpora o girassol
De frente ao sol,
As rosas e o cactos.
Todos são metáforas
Nos versos que faço.

Consigo entender as árvores,
Os bichos
Seu olhar fala muito.
As ruínas da Grécia 
A energia vinda das pedras.

A natureza recicla
Os mortos para trazer novas Vidas,
Do mesmo jeito que dou o direito
De um luto,
Uma morte de relacionamento 
Outra parti para letras,
Morto não circula
Serve de adubo.

Ontem morri
Hoje renasci
Quantas de mim teve esse fim.

Continuo abrindo gavetas
Das roupas passadas
 outras para lavadeira.
O primeiro verso
Tirei uma onda
Com ser vivo do universo.
Siri...

imagem da autora
Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 29/01/2020
Reeditado em 29/01/2020
Código do texto: T6853719
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