ACREDITAR NÃO É O SUFICIENTE

Quantas vezes eu quis justificar que o simples fato de acreditar era o suficiente. Isso me parecia tão óbvio quanto definitivo, porém, era mera crença pessoal.

A filosofia, entre outros estudos, não pode ser abominada pelo simples fato de aguçar os questionamentos. Nem por nos induzir a buscar as perguntas corretas ao invés das respostas.

É louvável que se tenha sensatez e ao percorrer estes meandros e como ovelhas no meio de lobos, que sejamos astutos como as serpentes e sem malícia como as pombas.

Acreditar não é o suficiente.

A filosofia me ensina que na existência não há nada mais perigoso que o óbvio. Ele nos leva a convicções indeléveis, à falsidade do conforto em desfavor do confronto e a erros na seara dos sofismas.

É preciso crer, mas, impreterivelmente ter fé.

Pois, a crença que vem do coração é mais do que somente o acreditar, mas pode ser dissuadida e relativizada. Quando apenas acredito, não necessariamente me envolvo.

A fé nos induz ao envolvimento, a mergulhar em águas mais profundas, a entrega incondicional. Abdicamos do apenas acreditar por ter fé, mas não permanecemos fechados ou privados de conhecimento, pois pela fé recebemos revelação. A fé traz à luz - a luz.

Um passo de fé é um salto para a salvação.

Já acreditei em tanta coisa que o tempo tomou o cuidado de alterar ou subverter. Somos intelectualmente falhos.

Minha fé esta naquilo e Naquele que se apresenta imutável, transcendente e que nos revela ser a verdade.

Acreditei e fui ativista de causas e/ou pessoas, me movimentei por isso e em prol disso. Eu não poderia declarar minha fé naquele que me amou primeiro e não me mover nessa direção. Esse movimento me fez acreditar, pois ele estava lá - Jesus Cristo.

A fé é o suficiente.

Tenho plena convicção de que ela deve ser racional e que também não nos deixa inertes diante do que nos é revelado.

Tenha fé e caminhe, o resto é com ele.