O homem pirilampo
A sua luz era a de um archote
Clareava trechos, não se mantinha
Vergões no breu, réstias pelas cavernas
A sua sombra era inconstante
Nada com que o trabalhador pudesse contar
Abrigava quando coincidia com a caminhada
O seu saber era de frases, de pensamentos
Era de lampejos, nada didático
Registros deixados em corredores por grafiteiros
O seu legado era etéreo
Contava, lia-se, mas sem o selo da veracidade
Apenas citações marcadas em lápides