O NASCIMENTO DO PRÓPRIO SER.
A natureza do SER em tudo espera...
Anseia pelo tino de reinar sobre os primitivos instintos.
Os excessos o limitam, e as limitações impedem o “EU” de vir à luz.
Há que se refrear as lâminas atrozes das palavras em autodefesa,
Quando defesa não há, além do egoísmo.
Abandonar o ímpeto do limitado EGO, é condição para compreender as
razões do lado que não é o seu próprio.
A voz interna regida pelo Maestro Maior é sinfonia sublime,
Esse “EU”, ainda embrião, quer ouví-la ecoar em si,
E assim, poder fluir por todos os poros a sua mensagem.
Voltar à casa do Oleiro que outrora lançou-lhe o sopro de vida, será necessário para reparar suas fissuras,
E na condição de ânfora refeita, impedir que caia por terra o seu vinho sagrado.
A natureza do SER em tudo espera...
Quer caminhar sobre o solo de outras existências à sua volta,
Sem deixar pegadas de dor,
Mas impressões indeléveis e sutis como marcas d’ água em papel de seda.
Despindo-se da armadura que esconde o que realmente é,
Nascerá livre e leve pela clareza parido e guiado,
Sem mais o vazio de galgar outras vidas antes de entregar seu mais íntimo recado.
A natureza do SER espera a esmo...
Consciente de que o parto mais difícil,
É o parto de si mesmo.