A viagem

“O que cada um de nós faz mexe com a teia da via. Quando a teia da vida se move, cada um de nós se modifica. Somos o todo e o todo é em cada partícula. Não somos parte do todo. Somos o todo manifesto em cada ser” - Monja Coen.

Meus amigos (as).

Quando queremos viajar, começamos a viajar no primeiro pensamento. Naquele instante iniciamos nossa viagem. As perguntas vão surgindo: Aonde vamos e com quem vamos, de que iremos, que mês, dia, horas? O que faremos neste local? Que passeios? Será que vamos gostar? Será que vamos ser bem recebidos? Tudo dará certo? Uma serie de perguntas indispensáveis é claro. O planejamento é necessário, os acontecimentos são imprevisíveis, apesar de todos os preparativos, ensaios; muitas vezes a peça que poderia ser uma comédia, torna-se um drama. Os acontecimentos são aperiódicos, inesperados, tanto para o bem quanto para o mal. Afinal somos viventes e a vida é uma incógnita. Nestas férias, tivemos a grata surpresa de viajarmos para um lugar que conhecíamos grande parte, mas nem por isso deixamos de ficar surpresos nos mais diferentes lugares, momentos e o mais importante; conhecemos pessoas extraordinárias, diferentes na maneira de pensar, de agir e de levar a vida. Entes que compartilhamos esta aventura partilhando estes momentos. Instantes em que formamos um grupo, interagimos, agimos, nos responsabilizando uma pela outra (o). Sorrimos, alegramos, vivemos a vida em sua essência. Trocamos experiências, passeamos, divertimos, nos conhecemos. Na simplicidade desta viagem podemos construir pontes e ultrapassar muros de preconceito nato que carregamos em embalagens próprias para discórdia que ao longo da vida, costumeiramente nestes momentos são retiradas e espalhadas de maneira aleatória com o intuito puro e simples da defesa. Não vou com a cara de fulana; esnobe demais!Aquela uma encrenqueira! Esta metida quer ser maior que as outras! Aquela se acha a tal! Assim por diante. Nada disso aconteceu! A viagem se pudesse notificá-la daria 10 com louvor. Dez para a companhia, nota máxima para o papo, descontração. Talvez muitas (as) das pessoas que estavam neste grupo amanhã ou depois não veremos mais, é a vida. Outras trombaremos por ai nas esquinas do mundo, esperamos. A saudade, esta companheira inseparável dos viajantes, já se faz presente. Podemos dizer que bens materiais, pouco compramos; mas nossas malas chegaram carregadas de carinho, de afeição, de amizade, de alegria, companheirismo, admiração e o gostinho sincero do quero mais. Que prazer e que emoção foi estar com vocês nesta viagem. Até um dia desses, quem sabe?

Luiz Carlos Zanardo
Enviado por Luiz Carlos Zanardo em 25/01/2020
Reeditado em 25/01/2020
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