permito-me cair diante do amor
Lembro da primeira vez que ele me acertou.
Uma forma de liberdade estática, intrínseca. Continuo amando da mesma forma, com a mesma intensidade. Alguns dias amos menos, outros chego a transbordar, embora ninguém se afogue no mar que tenho a oferecer. Não, não acho que sou melhor do que alguém, ou que ainda não encontrei tal merecedora deste meu sofrer. Estou em minha melhor fase para tal sentimento. Foi o que meu psiquiatra disse há um tempo. Não em nossa última consulta, talvez duas ou três sessões anteriores a essa. Estou em meu auge da vida adulta, medicalmente falando.
Todas as mulheres com quem me relacionei nos últimos cinco anos, eu amei e me senti amado, mesmo que nada tenho ido para frente, ou durado por mais de um mês, por duas horas ou vinte minutos. Eu tive o amor delas da cabeça aos pés, com as luzes apagadas e a cama bagunçada. Ouvindo músicas que hoje me fazem lembrar de momentos específicos, onde até mesmo o cheiro eu consigo sentir. Por mais que eu me recuse ou tente bloquear de minha mente, flagro-me em pensamentos sobre como Fulana deve estar se sentindo, se sua semana foi tão boa quanto esperei que a minha poderia ser, ou se Ciclana conseguiu encontrar alguém que capaz de retribuir o que ela tanto tinha de especial que eu jamais encontraria em outra mulher enquanto vivo.
Para um sentimento tão puro existir, para que ele possa nascer e ser cultivado até crescer e dar seus frutos, é preciso de paciência, e não idealiza-lo ou romantizar suas opções que tanto surgem dia após dia. É necessário fechar os olhos para notá-lo, respirar fundo. Alguns drinques podem ajudar em decisões difíceis, mas não nesse caso. A sobriedade é essencial, pois sua reciprocidade já é entorpecedora o suficiente para matar alguém, não interessa que seja o parasita ou o hospedeiro.
Ainda tenho meus problemas com as lágrimas. Elas não saem, se recusam, por mais que a madrugada ajude, com seus foras, suas negações e desculpas, seus carinhos inocentes ou suas lembranças dignas de causar repulsa aos anjos e tristeza a Lúcifer. Não entendo como o choro é incapaz de se manifestar em mim, mas continuo seguindo não tão firme e tampouco forte nesta grande pista de dança. Talvez, penso, que simplesmente ainda não chegou a minha hora de correr atrás deste sentimento de inestimável valor. Nunca é a hora perfeita para encontrar aquela pessoa que irá fazer nosso mundo virar de cabeça pra baixo com o pau pra fora. A questão não é tão importante assim, então nada mais justo do que apenas retribuir da mesma forma o que a sinceridade alheia tem a oferecer.
Lembro da primeira vez que ele me acertou.
Uma forma de liberdade estática, intrínseca. Continuo amando da mesma forma, com a mesma intensidade. Alguns dias amos menos, outros chego a transbordar, embora ninguém se afogue no mar que tenho a oferecer. Não, não acho que sou melhor do que alguém, ou que ainda não encontrei tal merecedora deste meu sofrer. Estou em minha melhor fase para tal sentimento. Foi o que meu psiquiatra disse há um tempo. Não em nossa última consulta, talvez duas ou três sessões anteriores a essa. Estou em meu auge da vida adulta, medicalmente falando.
Todas as mulheres com quem me relacionei nos últimos cinco anos, eu amei e me senti amado, mesmo que nada tenho ido para frente, ou durado por mais de um mês, por duas horas ou vinte minutos. Eu tive o amor delas da cabeça aos pés, com as luzes apagadas e a cama bagunçada. Ouvindo músicas que hoje me fazem lembrar de momentos específicos, onde até mesmo o cheiro eu consigo sentir. Por mais que eu me recuse ou tente bloquear de minha mente, flagro-me em pensamentos sobre como Fulana deve estar se sentindo, se sua semana foi tão boa quanto esperei que a minha poderia ser, ou se Ciclana conseguiu encontrar alguém que capaz de retribuir o que ela tanto tinha de especial que eu jamais encontraria em outra mulher enquanto vivo.
Para um sentimento tão puro existir, para que ele possa nascer e ser cultivado até crescer e dar seus frutos, é preciso de paciência, e não idealiza-lo ou romantizar suas opções que tanto surgem dia após dia. É necessário fechar os olhos para notá-lo, respirar fundo. Alguns drinques podem ajudar em decisões difíceis, mas não nesse caso. A sobriedade é essencial, pois sua reciprocidade já é entorpecedora o suficiente para matar alguém, não interessa que seja o parasita ou o hospedeiro.
Ainda tenho meus problemas com as lágrimas. Elas não saem, se recusam, por mais que a madrugada ajude, com seus foras, suas negações e desculpas, seus carinhos inocentes ou suas lembranças dignas de causar repulsa aos anjos e tristeza a Lúcifer. Não entendo como o choro é incapaz de se manifestar em mim, mas continuo seguindo não tão firme e tampouco forte nesta grande pista de dança. Talvez, penso, que simplesmente ainda não chegou a minha hora de correr atrás deste sentimento de inestimável valor. Nunca é a hora perfeita para encontrar aquela pessoa que irá fazer nosso mundo virar de cabeça pra baixo com o pau pra fora. A questão não é tão importante assim, então nada mais justo do que apenas retribuir da mesma forma o que a sinceridade alheia tem a oferecer.