Encontro & Despedida
Ai, amor!
Você não faz ideia
Da imensidão da minha dor.
São longas noite de horror
Onde sou eu, o labor!
Tenho passado longas horas
Aguardando tuas chegadas
Mas, eis que você não veio!
O encontro exato do ponteiro do relógio
Marcando as dezoito horas,
Tem tornado o meu purgatório!
Tens sido o momento de eu me alegrar
que é você vindo me visitar!
Mas nunca fora!
Foram apenas todas, minhas enganações.
Eram sempre os cúmplices
Cujos sem entender de que preciso partir.
Apareceram, ingetando-me
O prolongamento desta vida sofrida!
Ah! Esse leito, já não me serve para mais nada.
Aliás, sem você, nada tem graça.
Já nem o cheiro do teu aroma
Eu expiro pelos ares!
Estou vegetando a esta cama,
Desde o momento que veio-me a tona
Do que tudo o que era meu,
Por ventura passei-os a você,
Acreditando em tuas nobres palavras!
Tudo não passou de um engano!
Você foi embora,
Levando o que fora meu.
Menos este maldito amor
do qual muito me tens abatido.
Ai, amor!
Como imploro a Deus
Que te perdoa por tudo neste mundo,
Se por menos um minuto
Vir-tes me visitar!
piedando-se de mim!
Ai, amor, meu amor!
Queira Deus que desta vida
Voltamos a nos encontrar!
Mas se não for...
Que na outra, possamos reencarnar
Fazendo-te cumprir
O que gerou no meu coração.
Desejaria de que por esta porta
A este leito, você surgisse
E assim, a tua promessa cumprindo.
Mas eis, que não te vejo!
O que vejo, são as certezas da minha partida
Sem a nossa despedida...
Nossa! Ouço passos diferentes...
Será que é você?
Não. Não é, não!!!
São dois sinistros caras.
Não são os mesmos cujos por longos anos
Vivem me dobando de drogas.
Eles, estão se aproximando.
Parecem não entender o estado.
Da minha vegetação
Pedem-no para eu levantar.
Amor! Amor!
Estou levantando.
Amor! Amor!
Eu consigo andar.
Amor, olha!
Tem uma pessoa igualzinho a mim
Vegetando no leito,
Cujo há anos, eu estava mobilizado.
Amor, espere um pouco!
Calma aí!
Nossa, amor!
Estou partindo
E o pior...
Impiedosamente, sem a tua visita.
Cujo há anos aguardei!!!