3.600 segundos...
No meu velho relógio marcam vinte horas. E não demora muito, vem meia noite, vem chuva forte e por certo temporal!
A lua... Ah lua, cadê você!
Pela demora, hoje ela não vem mais! Não virá, não!
Acho ter visto, talvez seja impressão ou muita vontade... Mas pensei ter visto uma tímida estrelinha, perdida a vaguear no espaço, em breu; Se acaso tenha sido uma..., partiu, e só!
A minha vontade e o meu desespero me fizeram esperar pela “meia noite”, á contar em segundos compassados esse tempo, e a sensação que toma é que foi, rápido demais; mais rápido que o normal, embora por aqui, penso mais nada ser normal!
E por falar em ‘normal’, esse meu desespero me cega e ao mesmo tempo me vem uma falsa lucidez de achar que esta seria a minha última meia noite, a última meia noite de todos, pelo quê sugere este prenúncio, de quase fim!
Será que vai ser a última..., mesmo?
Acontece que eu não sei, pois a mim não foi dada esta faculdade, esta ciência de saber e prever o quê irá acontecer. Mas Ele, Ele sabe, pois ELE tudo sabe e como bem disse Ele um dia:
"O DIA E A HORA SÓ A DEUS PERTENCEM"!
De repente, toda aquela chuva forte que se fez temporal aquietou-se, se acalmou e amainou, caindo em seguida “brumas” leves, num misto de gotículas douradas e prateadas!
Agora aqui estou eu sob uma frondosa árvore, aproveitando sua vasta sombra e dando boas vindas ao sol de um novo e lindo dia!!