A moça da praia
O sol da manhã banhava a branca areia da praia. O vento soprava brandamente e, no balanço da rede, serena, ela dormia. As folhas do coqueiro, trêmulas, quase roçavam seu lindo rosto. Era um momento insólito. A bata entreaberta revelava um belo par de pernas, amorenado pelo matinal calor do sol. No ir e vir da rede, seus graciosos pés beijavam a areia em toques aveludados. Enquanto dormia, a moça sonhava. Em sonhos, ela caminha pela branca areia e, em passos compassados, leves e soltos, a menina, subitamente, para. As ondas do mar, carinhosamente, tocam-lhe os pés, num tênue afago. Absorta, fixa o olhar no horizonte azul do mar e sonha... Nesse êxtase, sua mente vagueia por mundos inimagináveis, com jardins de fragrantes flores anis. De repente, o vento sopra mais forte e a palha do coqueiro beija-lhe a face... ela desperta. Oh, praia, você é o sonho que muitos encanta... Oh, moça, você é o encanto que muitos sonham!!!
Ranon Amorim Machado