Caminhando...

Caminhando...

Lá se foram tantas Primaveras

Muitos verões, muitas andanças

Nos caminhos coloridos dos nossos outonos

No aconchego dos invernos...

Ao sabor da brisa relembramos

Momentos felizes, amores passados

Inesquequíveis romances

Maravilhosas namoradas, encantadas...

Cada uma das amadas poderia ter sido

A eterna eleita, a mulher dos sonhos

O implacável destino ditando as regras,

Desviando nossos arroubos, desatinos...

Joquetes das artimanhas da casualidade

Cegos pelas motivações passageiras

Seguimos olhos vendados pela veleidade

Presas acéfalas da pura acidentalidade...

Qual o previsível desfecho, a luz

Para cada efêmero momento?

Quem há de vislumbrar o termo

Dessa sideral experiência terrena?

Busco respostas, colho dúvidas

Hipóteses várias vou semeando e

Amplio o debate, as prováveis alegações

São caleidoscópicas possibilidades...

Enfim... O Destino é mesmo uma rosca sem fim.

(Juares de Marcos Jardim / Santo André Sacy. Direitos Reservados - Recanto das Letras)

Juares de Marcos Jardim
Enviado por Juares de Marcos Jardim em 17/01/2020
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