Caminhando...
Caminhando...
Lá se foram tantas Primaveras
Muitos verões, muitas andanças
Nos caminhos coloridos dos nossos outonos
No aconchego dos invernos...
Ao sabor da brisa relembramos
Momentos felizes, amores passados
Inesquequíveis romances
Maravilhosas namoradas, encantadas...
Cada uma das amadas poderia ter sido
A eterna eleita, a mulher dos sonhos
O implacável destino ditando as regras,
Desviando nossos arroubos, desatinos...
Joquetes das artimanhas da casualidade
Cegos pelas motivações passageiras
Seguimos olhos vendados pela veleidade
Presas acéfalas da pura acidentalidade...
Qual o previsível desfecho, a luz
Para cada efêmero momento?
Quem há de vislumbrar o termo
Dessa sideral experiência terrena?
Busco respostas, colho dúvidas
Hipóteses várias vou semeando e
Amplio o debate, as prováveis alegações
São caleidoscópicas possibilidades...
Enfim... O Destino é mesmo uma rosca sem fim.
(Juares de Marcos Jardim / Santo André Sacy. Direitos Reservados - Recanto das Letras)