ENXUGANDO OS PRANTOS
Enxugando os prantos
Ainda não havia meditado, aliás passei um vago tempo no mundo do devaneio, estou perguntando pertenço a que meio, dos fracos, dos fortes, dos sonhadores, da escuridão, das cores, a luz, o mundo que seduz, sempre digo que sou filho de Deus, mas fui balançado no colo do diabo, se fecho se abro, se começo ou acabo, é confuso, é medonho, conspirador, momentos de alívio, intensivo de dor, saudades da infância e adolescência, talvez não, aquela parte sem noção, covarde apresentação, ingenuidade, tempestade e maldição.
Lamúrias, lamentações e reclamações, talvez sim, ou apenas desabafo, questionam que tenho teto, mas esquece do meu desafeto, um demônio marginal, diretor de escola do mau, para cada pensamento um diabinho atento, vivo por teimoso e ainda tento, mas o bolo da sorte faltou fermento.
Vai meu pedido de perdão, desculpas, consideração a você que está lendo esses trechos horrendos, mas a verdade que não posso e não quero ser hipócrita, acredito em um Deus maior, que a força e as decisões são precisas, as respostas são concisas, eu não quero mesmo questionar, mas as barreiras existiu, e sou eu que viu o pranto jorrar, a mente acelerar, o coração pelejar, e nesse vale, nessa escravidão ocular, minha vida, meu jeito de pensar, pois bem, se riu ou chorou, se rezava ou orou, elevo o que de fato interessa.
Oh altíssimo meu, sufoca essa dor, coloque nas grades o desamor, o fluxo inimigo foi intenso, eu penso, agora chegou sua vez, ou sempre foi sua vez, meu Deus, veja quanta bobagem descrevo, somente para clamar o que não mereço, porém se isso tem preço, foi Jesus que pagou no madeiro, na cruz, e ele diz que ainda com tribulação, podereis ter a sensação, da promessa, do teu espírito, do renovo, da transformação, da mudança, da alegria, da saúde, da vida, da vida, da vida, enfim estou olhando para os lados, para cima a lhe encontrar em todos os cantos, a que possa continuar enxugando os prantos.
Giovane Silva Santos