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Sinto que o tempo passou
Mas em mim continuou
A mesma ausência intensa
Dessas que se concentram
No fundo da alma, insistentes.
É um grito que não se fez ouvir
A emoção teimando em existir
Uma palavra que morreu calada.
Um gesto incompleto adormecido,
Mãos que se estenderam em vão
Sem conseguirem tocar em nada...
Braços abraçando a si mesmos
Carentes em sua busca a esmo.
O tempo passou! Nem percebeu
A incompletude do meu ser,
No vacilo de um momento
Que se perdeu!
E a ausência,
Esta coisa vazia que adentra
Sem uma razão, sem porquê,
Espaços internos, meus redutos,
Reservados para ter,
Inda que por uns minutos,
A presença inteira de você!
Najet, 10.01.2020
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