Montanhês

Andei na floresta 
fechada e aberta, 
Por que queria viver com sabedoria
Enfrentando sozinha
Fatos essenciais da vida.
Sussurrando no ouvido da terra
Para aprender o que tinha a saber.

Ensinar me
Para não ter que descobrir
No ponto de morte,
Por não ter vivido.

Agora vejo o segredo;
Crescer ao ar livre;
Entender o canto das andorinhas.

É preciso sentir o cheiro da terra
Entender a semente
Ainda no ventre do tempo.

Foi preciso entender
A cadeia alimentar.

Não foi suficiente para não sofrer
Percalços implacáveis. 
nas ventanias de agonias.

Todos que tem sua defesa;
Um guerreiro de sobrevivência
Nesta terra de círculos
Um mundo cheio de beleza;
Um aprendizado
No alto da montanha.

Lá em baixo
Nao sabem,
A olho nu
Não há diferença de comportamento, 
entre todos os seres que tem vida.

Ainda não sabia se eu 
Era um montanhês,
Ou a própria montanha.

Eu sei que gosto de pedras
Conheço o valor delas
o que anima Minh'alma.

Aqui tem uma montanha
Que arriscava com tanta fúria.

A vida, esse amor vai ficar
Pra sempre...Enquanto caminhar
No mistério da terra.
Dela se tira o alimento,
e das águas saciam a sede.
Por fim descubro, 
Sou Montanhês...
Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 08/01/2020
Reeditado em 09/01/2020
Código do texto: T6836927
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