JOGUEMOS
Este teu jogo é carta marcada...
Planejas muito antes o lance,
de cada jogada...
Perdi...
Então vamos...
O palco de minha tortura,
nos espera...
Hoje sou eu,
a te despir mais uma vez...
Sem te tocar o corpo,
peça por peça...
Como no xadrez,
sem comer a Rainha...
Mas não sei se resisto,
a tantos encantos...
Sabes como ser meu algoz...
E fará hoje de mim,
teu escravo...
Desposará meu corpo...
Depois de tudo,
sem poder tocá-la...
Sentirei teu prazer,
em silêncio...
Mudo...
Até se sentires saciada...
Submisso espero...
A próxima jogada...
Corpo quente, suado...
Membros inertes, sedento...
Submeto-me calado...
Cavalga-me, cabelos ao vento
Até se sentires saciada...
Cravando suas garras em meu peito...
Gemidos, sussurros, em meus ouvidos...
Assisto, não indiferente, sinto...
Em êxtase, fito-a nos olhos...
Transbordo, cúmplice nesta cavalgada...
Bene