INGRATIDÃO
Não me envergonha,
recolher no chão...
A fria e solitária rosa...
Que atirastes pela janela,
de minha solidão...
Agora suja pela poeira,
fina e seca...
De sua ingratidão...
Guardá-la-ei comigo,
prensada entre as páginas,
em branco de meu diário...
Onde te escrevi,
meus mais puros sentimentos...
Gravados em preto e branco,
páginas de um relicário...
Em versos de saudade,
de um amor que tive tão perto...
E não vivi...
Bene