INGRATIDÃO

 

Não me envergonha,

recolher no chão...

A fria e solitária rosa...

Que atirastes pela janela,

de minha solidão...

 

Agora suja pela poeira,

fina e seca...

De sua ingratidão...

Guardá-la-ei comigo,

prensada entre as páginas,

em branco de meu diário...

 

Onde te escrevi,

meus mais puros sentimentos...

Gravados em preto e branco,

páginas de um relicário...

Em versos de saudade,

de um amor que tive tão perto...

E não vivi...

 

Bene

Benedito Oliveira
Enviado por Benedito Oliveira em 07/01/2020
Reeditado em 04/10/2022
Código do texto: T6836119
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