Bilhete sobre a Porta
Quero ouvir pela décima segunda vez que me odeias
Sentir a mão tua reformando minha poma nua
Minhas costelas, as quero deturpadas
E renovadas em posição inumana e estrênua
Reverberar meus ais a ferro quero
Um desejo atiçado e infecionado em mim
Latejante a situação em febre, sobretudo em anfêmero,
Assim bastará esta solitude calcada a espim
E te receberei sem findarem os dias
Acolhido em teu aprazido e eleto meu repúdio
Na tua voragem antropofágica e minha acídia
Saciando tua sede em nada e aguardando meu homicídio
Convida-te a entrar a porta
Meu peito, tua adaga