Feriado em Emas
Te vi águas barrentas em outras paragens
mas nunca tão alegres nem correndo tanto
por sobre as pedras.
Asneira pensar que alguém feche a torneira.
De onde quer que venhas, não cessas de rolar.
Ante os olhos ávidos das aves,
empina tua cachoeira à piracema.
Dourados, corvinas, lambaris e piavas.
Ora, crianças desenham o futuro em cada mergulho.
Serão uns adultos de boas lembranças.
Beijos nas margens ouriçam os sorveteiros
e os canoeiros precisando faturar
propagandeiam um passeio pelo rio.
Estou aqui, meu Mogi, a reconciliar-me com a vida.
Cá, com meu amor, que não quer mais me deixar.