Eis-me aqui com as sobras, com o que restou da noite amorosa e feliz...
Sei que tudo passa, mas também sei que tudo vem, que tudo se apresenta novamente ou pela primeira vez.
Pergunto o que faço com o restante...
Respostas silenciosas de quem espera ainda mais amor, pois esperar tira a obrigação de dar. Eu faço esse amor durar no tempo e no corpo, eu sei a receita das sobras que ficam e não são mais esquecidas.
Eu decidi lembrar para esquecer, decidi na mesa colocar para depois retirar o vazio...
Se coerente ou não, as palavras brotam de um coração que deseja se doar.
Essa sobreposição de novos sabores há de alertar os olfatos e os mansos sorrisos dos demais.
Sim, eu, das sobras, quero mais!