Releitura
Eu escrevo...
Velho mundo novo.
Inúmeros papéis amontoados,
Guardados...
Trancafiados...
Valem mais do que ouro.
Para alguns sem valor.
Essa arte é o meu calor...
Meus tesouros,
São os meus fichários.
Contém conhecimentos.
Sentimentos enigmáticos,
Singulares
Brutos,
Solares...
Às vezes, sombrios.
Deveras... Frios.
Relendo-me...
Sou pega de surpresa.
Transcendo na releitura,
Sinto-me presa.
São tantas vidas,
Várias em sincronia.
Todas reverberando energias,
Aqui dentro de mim,
Aprisionadas.
Outrossim...
Almejando uma fresta,
Para então sair,
Sobressair...
Cumprir o seu papel,
Em formato de cordel.
Espalhar poesia...
Que de verdadeira existe.
Sem que tenha que polir,
Nem aparar a aresta.
Na alma persiste,
Sem nada arguir.
Desfazendo ao léu.
***
*Rascunhos de minha alma