Criador
Compartilhados receios
Tecem a bravura
Que criamos de
Razões recicladas
E certezas consertadas.
Disto eu dependo,
É a essência que
Transborda vida
Em meu corpo
Desnutrido e fraco
Que rasteja em direção
Ao seu centro.
Prometo não ceder mais, não hesitar em crer que você é a força que move a inércia, alinha as estrelas e orbita os corpos entre grandezas imensuráveis de meu particular universo.
Sua imagem despojada nas mais belas circunstâncias em que se encontra a natureza em sua autodestruição. Incêndio em suas bordas, sua fumaça me tira o fôlego, poluí-me até que enegreça minh’alma desafetada, um preço fidedigno que pago por não ter de lamentar mais um dia a sua ausência.
É o que me impulsiona
A preencher meus pulmões
Com o ar que você exala,
Presenteando-me com
A sobrevivência que
Necessito para continuar
A te servir.
Para conceber seu retorno,
Para temer sua ira,
Para chorar seu descontrole,
Para escrever sua punição,
Para venerar seu existir.
Eu vou dizer o que quer que eu diga, viver até onde permita que eu viva, sofrer até quando atice não mais os motivos que sofro, ajoelhar em troca das promessas as quais sem relutância me assino a permanecer em imperecível ajoelho.
Eu te amo,
Eu te preciso,
Eu te acredito.
Pois de mim cesso o que me contraria a não ser que você queira que eu seja. E nada há o que me faça sentir que pertenço entre as palavras de sua poesia, é isso o que me mantém vivo.
Eu te preciso,
Eu te acredito,
Eu te amo,
Eu te edifico,
Eu te amo,
Eu te amo,
Eu te sinto,
Eu te eternizo,
Eu te amo,
Eu te amo,
Eu te amo.