Distante

Não, não carrego os mares ao cais,

Não mais

Não sou o sal sobre tua terra

Ou tua alma esmigalhada em querela

Não, não são as minhas mãos, então,

Não são

Não tenho daquilo que fales

E mesmo que esperes

Não, não sou a asquerosa pele

Sob a tua pele

Nem sou tua carapaça rasa,

Não em tua casa

Não, não sou a acusação

Ou o dedo em ostentação

Nem teus grilhões de larga data

Quaisquer que ta cubram escarlata

O sino que soa, não

O vilancete dali e

A garrota em altar,

Qual transladasse em ar

Em tua consideração: jamais

H Reis
Enviado por H Reis em 23/12/2019
Código do texto: T6825005
Classificação de conteúdo: seguro